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Introdução alimentar: como e quando começar?

Conheça os alimentos mais recomendados para complementar o leite materno ou as fórmulas

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BB Seguros

quinta-feira agosto 5, 2021

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Tempo estimado de leitura: aproximadamente 10 minutos

Assuntos abordados:

– Alimentação

– Introdução alimentar

– Desmame

– Fatores comportamentais

– Fatores emocionais

“É preciso ter os sinais de prontidão para a introdução alimentar acontecer de forma natural. O  principal sinal é a maturidade do intestino, neurológica e oral do neném, com o apoio mínimo no sentar, o controle de tronco, cabeça e pescoço, domínio do movimento de pinçar e aqueles apropriados à mastigação”, afirmou a nutricionista e responsável técnica do banco de leite da Maternidade Brasília, Lydiane Guimarães durante a live “Mitos da introdução alimentar”, do blog Primeiros Passos, mediada pela fundadora e CEO do Espichei, Gisele Padovan.

 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as crianças devem ser alimentadas exclusivamente com o leite materno, ou com a fórmula, até os 6 meses e, a partir dessa idade, dar início à complementação. “Até o sexto mês, o leite e a fórmula contêm as fontes principais de nutrientes que a criança precisa”, esclareceu a especialista que, também comentou as três abordagens indicadas para iniciar a introdução alimentar. São elas:

 

Baby Led Weaning (BLW) – Esse é um novo método que vem ganhando popularidade e defende a oferta de alimentos em pedaços maiores, dispensa talheres e estimula a autonomia da criança para ingeri-los. “Basicamente, o neném comanda. Conforme a oferta de alimentos (na forma mais próxima do original), ele escolhe se vai pegar ou não. Entre as vantagens, ele se torna menos seletivo, amplia-se a possibilidade de explorar sabor, textura e cheiro, além do amadurecimento da mastigação. Já o lado negativo é que se torna um processo mais lento, pois o neném pode não querer levar o alimento à boca”.

Tradicional – Nesse método, caracterizado pela introdução de papinha, quem tem o controle é cuidador. Ele é quem leva a comida até a boca do neném, que, por sua vez, tem menor autonomia. A nutricionista alerta que se misturar todas as papinhas, a criança não sente o sabor individual dos alimentos. Então quem optar por esse método, deve fazer as papinhas separadas e temperadas para a criança aprender a identificar cheiros e sabores como, por exemplo, que a papinha na cor laranja é de cenoura e a verde é a de brócolis. “Evoluir para outras texturas também é importante para estimular a mastigação, assim como ofertar o mesmo alimento de várias formas”, aconselhou.

Participativo – Essa é a opção de junção dos dois métodos, onde se respeita o tempo do bebê. Se aplica o princípio do BLW para estimular a autonomia em pegar os alimentos e sentir textura e, ao mesmo tempo, oferecer a papinha quando necessário. “Independentemente do método, não existe o correto. Tem que ser o que se adequa a cada família. O importante é respeitar o tempo do bebê: haverá momentos em que eles não terão fome, principalmente aqueles que fazem a livre demanda do aleitamento ou da fórmula”, esclareceu Dra Lydiane.

Confira outras dicas para facilitar o processo de introdução alimentar:

“Meu filho detesta tal alimento” – Para descobrir se seu filho gosta realmente, ou não, de determinado alimento é preciso oferecer de 10 a 14 vezes. A dica é alternar os métodos e oferecer o alimento de outras formas. Em casos de bebês com histórico de alergia familiar ou prematuros, o ideal é introduzir um alimento por vez para monitorar possíveis reações.

Quantidade ideal – A criança precisa estar dentro da curva de crescimento, é ela quem vai determinar se a quantidade de comida está satisfatória. Importante ressaltar que crianças mudam de comportamento conforme vão ficando saciadas.

Rejeição à carne ou frango – Muitas crianças rejeitam determinado alimento devido à textura ou pela demora a serem apresentados às proteínas, pois alguns pais têm medo do filho engasgar. Mas se a criança decidiu que não quer comer, é preciso aceitar e acompanhar as demais proteínas que ela ingere, além de fazer exames para acompanhar o desenvolvimento das vitaminas. Oferecer frutas cítricas é uma alternativa para complementar a vitamina C, B12 e do ferro.

“Desmame de telas” – O excesso de tela causa diversos distúrbios no sono, ansiedade e compulsão alimentar. Para aquelas crianças que já estão expostas, o primeiro passo é conversar com o filho, explicar o malefício, não aplicar punições e nem estimular recompensa. Outra dica é explicar os benefícios de ‘deixar’ a tela e usar outras estratégias, como contar histórias e fazer com que o momento seja mais divertido entre a família. Comer em frente à tela faz com que a criança não preste atenção no que está ingerindo e perder o controle da saciedade, pois o cérebro não vai produzir o hormônio que “identifica” que já se comeu o suficiente.

Alimentos recomendados – Como o sistema imunológico, o intestino, a flora e o paladar amadurecem até os dois anos, por isso os alimentos precisam ser saudáveis. Portanto, invista em todos os grupos: cereais, carboidratos, proteína animal e vegetal, frutas e legumes. Quanto mais colorido, melhor, uma vez que a cor dos alimentos está ligada aos nutrientes que ele contém.

Alimentos não recomendados – Sal (até 1 ano de idade), alimentos crus, mel e açúcar (pelo menos até os 2 anos). Sobre refrigerantes e frituras, quanto mais retardar melhor, pois são ricos em gorduras.

Recomendações – O Ministério da Saúde recomenda que a introdução alimentar seja realizada inicialmente na consistência pastosa, com os alimentos amassados com garfo e não peneirados ou batidos no liquidificador. Também indica que os alimentos sejam apresentados em separado ao invés de misturados.

Acesse o Guia Alimentar de bolso para crianças menores de dois anos com as principais recomendações sobre aleitamento, introdução à alimentação complementar e a escolha de alimentos saudáveis. Confira ainda 12 passos para a alimentação saudável da criança:

1. Amamentar até 2 anos ou mais, oferecendo somente o leite materno até 6 meses.

2. Oferecer alimentos in natura ou minimamente processados, além do leite materno, a partir dos 6 meses.

3. Oferecer à criança água própria para o consumo, ao invés de sucos, refrigerantes e bebidas açucaradas.

4. Oferecer a comida amassada quando a criança começar a ingerir outros alimentos além do leite materno.

5. Não oferecer à criança até 2 anos de idade açúcar nem preparações ou produtos que contenham açúcar.

6. Não oferecer à criança alimentos ultraprocessados.

7. Cozinhar a mesma comida para a criança e para a família

8. Zelar para que a hora da alimentação da criança seja um momento de experiências positivas, aprendizado e afeto junto da família.

9. Prestar atenção aos sinais de fome e saciedade da criança e conversar com ela durante a refeição.

10. Cuidar da higiene em todas as etapas da alimentação da criança e da família.

11. Oferecer à criança alimentação adequada e saudável também fora de casa.

12. Proteger a criança da publicidade de alimentos.
 

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Esse conteúdo exclusivo foi produzido a partir de parceria do blog Primeiros Passos com o Espichei, rede materna paterna criada em Brasília e que reúne milhares de famílias em prol de uma maternidade mais consciente, colaborativa e sustentável. Acompanhe esta iniciativa conjunta também nas redes sociais pela hashtag #espicheiprimeirospassos

 

Confira também:

Live Mitos da introdução alimentar

A alimentação no pós parto

Picos de crescimento e saltos de desenvolvimento

 

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