Tudo que você precisa saber sobre retinoblastoma

Tempo estimado de leitura: aproximadamente 4 minutos

Assuntos abordados:

– Saúde ocular
– Teste do olhinho
– Câncer raro
– Diagnóstico precoce
– Tratamento

“Ao repararem um olhar irregular, de lado, um reflexo branco, estrabismo ou mesmo se não tiveram visto nada disso, levem seus filhos ao oftalmo no primeiro ano de vida”, apelaram o apresentador Tiago Leifert e sua esposa, a jornalista Daiana Garbin, em suas redes sociais na última semana. O motivo do alerta é que Lua, a filha do casal, foi diagnosticada com retinoblastoma, um câncer raro causado pelo crescimento desordenado das células da retina, que acomete principalmente crianças.

De acordo com o oftalmopediatra Tiago Ribeiro, 95% dos diagnósticos ocorrem abaixo dos dois anos, idade em que, geralmente, a criança não informa se tem alguma dificuldade de visão. “Daí a importância da triagem oftalmológica de rotina, pois quanto antes for o diagnóstico, mais breve é o tratamento, reduzindo, assim, o sofrimento do paciente e da família”, reforça.

Um dos testes da triagem é o Teste do Olhinho, também conhecido como teste do reflexo do olho vermelho, que deve ser feito nos primeiros três dias de vida do bebê. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP) recomendam que esse teste seja feito pelo menos três vezes por ano ao longo dos três primeiros anos de vida. Já os bebês de seis a 12 meses devem passar por exame oftalmológico completo. Uma segunda avaliação deve ser feita entre três e cinco anos.

A pediatra da Maternidade Brasília Sandi Sato explica que o exame é rápido, indolor e verifica a presença de um reflexo vermelho ou alaranjado por meio da aplicação de um feixe de luz sobre o olho do bebê (fenômeno semelhante ao observado nas fotografias).  Já na primeira avaliação do bebê, o exame é capaz de detectar, além do retinoblastoma, outras doenças oculares, como a catarata infantil, o glaucoma e o estrabismo.

Tratamento
O Instituto Nacional do Câncer (INCA) alerta que um dos principais sintomas do retinoblastoma é o “olho de gato”, um reflexo brilhante no olho. Se não for tratada, a doença pode deixar a criança estrábica, com dor ou inchaço nos olhos ou até mesmo levar à perda da visão. As taxas de cura, no entanto, apresentam índice superior a 95%. O tratamento inclui sessões de quimioterapia, radioterapia e terapia a laser.

Confira no podcast da rádio CBN, entrevista de Mílton Jung com o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Ocular, Evandro Lucena Junior, sobre o tema. Lucena explica as mutações genéticas que podem causar esse tumor maligno intraocular, indica como identificar a doença e as possibilidades de tratamento.

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