Como evitar comportamentos que podem prejudicar sua vida financeira
A área de finanças comportamentais sugere que a nossa relação com o dinheiro é muito mais emocional do que lógica. Confira o nosso guia com dicas para se organizar.
Tempo estimado de leitura: aproximadamente 6 minutos
Assuntos abordados:
– Compreender as finanças comportamentais
– Evitar comportamentos danosos para a saúde financeira
– Lidar com dívidas de forma racional
– Aprender a se organizar financeiramente
Se você é aquele tipo de pessoa que precisa ir ao shopping fazer compras quando bate a tristeza ou mesmo aquela pessoa que, quando está alegre, compra um presentinho para comemorar, muito provavelmente a sua vida financeira é guiada pelos seus comportamentos. Triste ou feliz, são os seus sentimentos quem dizem quando, onde e o que comprar.
Quando os seus comportamentos emocionais não estão bem alinhados, as suas decisões podem atrapalhar a sua vida financeira. Entre um uso exagerado do cartão de crédito até um investimento incerto, há diversos prejuízos envolvidos nos maus comportamentos que afetam as finanças pessoais. Por isso, preparamos um guia com dicas para reconhecer comportamentos prejudiciais e, assim, evitá-los.
Gatilhos comportamentais nas finanças
Estudiosos da área de finanças comportamentais buscam compreender como fatores emocionais, sociais, culturais e psicológicos afetam as escolhas na hora de consumir. É muito comum deixar a razão de lado quando estamos com os sentimentos à flor da pele. Sendo assim, como esses gatilhos comportamentais acabam afetando as finanças?
Segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto de Políticas sobre Dinheiro e Saúde Mental, do Reino Unido, a ansiedade pode influenciar consideravelmente a maneira como gastamos dinheiro. O estudo constatou que 93% das pessoas gastam mais do que deveriam, 50% realizam empréstimos sem necessidade aparente e mais de 70% deixam de pagar suas dívidas por conta da ansiedade.
A pesquisa que revelou a relação entre ansiedade e más decisões financeiras abre os olhos para a importância de controlar os gatilhos comportamentais na hora de economizar. Para isso, teóricos da Economia Comportamental traçaram os principais gatilhos que nos influenciam a tomar decisões financeiras equivocadas e como evitá-los.
Conheça alguns deles:
Ancoragem
Entre os gatilhos mais comuns do mercado financeiro, a ancoragem consiste em fazer estimativas baseadas em valores de referência anteriores. Por exemplo, sabe aquelas promoções que enchem os olhos porque o valor anterior estava super alto e a oferta apresenta um desconto imperdível? Pois é. A essa armadilha damos o nome de ancoragem.
Aversão à perda
Entre os maiores influenciadores das decisões financeiras no mercado, a aversão à perda é um gatilho emocional que faz com que as pessoas deem mais importância às perdas do que aos ganhos. Esse foi um dos primeiros gatilhos comportamentais estudados pela economia comportamental.
Excesso de autoconfiança
Também um gatilho muito comum no mundo das finanças, o excesso de autoconfiança nos leva a confiar excessivamente em nossos próprios conhecimentos e percepções, sem o amparo de estudos ou dados comprovados. Assim, tendemos a acreditar que a decisão é acertada mesmo quando não há indícios suficientes que a comprovem.
Viés de confirmação
Já este gatilho comportamental está diretamente ligado ao excesso de autoconfiança. O viés de confirmação nos leva a interpretar informações com o único objetivo de confirmar as nossas crenças. Assim, negamos a todo custo dados ou estatísticas contrários à nossa decisão, mesmo que isso tenha consequências futuras.
Efeito manada
Um gatilho muito comum, o efeito manada consiste em seguir o comportamento de um grupo majoritário para poder se encaixar. Esse é considerado um dos vieses que geram mais transtornos no mercado financeiro já que leva consumidores e investidores a decidir puramente por influências de tendências do momento.
Dicas para organizar sua vida financeira
Desde compras impulsivas até investimentos arriscados, o descontrole emocional pode acarretar problemas na saúde financeira.
Para te ajudar a evitar esses comportamentos nocivos que atrapalham a vida financeira, trouxemos algumas dicas de organização financeira. Além disso, você também pode conferir o e-book gratuito que preparamos para você: Como não cair numa arapuca. Acesse e mantenha-se informado.
Crie um planejamento para a sua vida financeira
Um planejamento das suas finanças sempre vai ser o passo fundamental para a organização financeira. Com as suas finanças planejadas, você pode registrar e atualizar as suas receitas, anotar despesas, avaliar pendências e, assim, tomar decisões acertadas de acordo com o que está posto ali.
Diferencie os gastos
Com o seu planejamento financeiro atualizado, você pode acessar com facilidade a movimentação da sua renda, a entrada de gastos e entender diferença entre despesas essenciais e compras desnecessárias. Desse modo, procure eliminar gastos que não correspondem com a sua necessidade e não afetam a sua rotina.
Escolha metas e objetivos
O que você pretende conquistar? Qual é o seu sonho? Quais são as suas expectativas a curto, médio e longo prazo? Tudo é permitido. O importante é que, a partir do momento em que a meta for escolhida, estratégias também sejam traçadas para a sua realização.
Pague as contas
O que pode parecer uma dica simples é, na verdade, um problema para a maioria das pessoas. Adiar contas ou pagar apenas o limite dos débitos pode criar hábitos comportamentais que prejudicam consideravelmente as suas finanças.
ao Topo