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Como prevenir doenças oftalmológicas comuns na infância

Os cuidados englobam o teste do olhinho na maternidade e consultas ao oftalmopediatra na infância e adolescência com atenção para a idade escolar

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BB Seguros

quinta-feira maio 26, 2022

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Tempo estimado de leitura: aproximadamente 5 minutos

 

 

Assuntos abordados:

– Saúde ocular
– Doença oftalmológica
– Problema de visão
– Pré-natal

 

Muitos pais, mães e responsáveis podem não saber, mas quando a visão da criança está comprometida, seu desenvolvimento motor e sua capacidade de comunicação também são prejudicados. Afinal, gestos e comportamentos são aprendidos pelo retorno das captações visuais. Por isso, é muito importante ficar atento ao seu filho. Será que ele tem alguma dificuldade de atenção ou simplesmente não consegue enxergar bem os objetos ou atividades propostas?

 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1,4 milhão de crianças no mundo apresentam perda de visão em algum grau, a maioria em regiões carentes do planeta. Também de acordo com a OMS, 80% desses casos poderiam ser evitados ou tratados com melhores resultados em uma consulta ao oftalmopediatra.

 

“Fazer os exames oftalmológicos regularmente é essencial para detecção e tratamento precoce dos problemas oculares. Isso é especialmente importante para as crianças, já que a visão é um sentido que se desenvolve gradualmente até cerca dos 7 anos de idade”, esclarece Cristiano dos Santos Correia, especialista em oftalmopediatria e estrabismo e membro da SBOP. “Se uma criança tiver uma interrupção nesse processo de maturação, provocada por alguma doença ocular, a recuperação da função visual torna-se cada vez mais difícil à medida em que ela vai ficando mais velha”, acrescenta ele.

 

Os cuidados com a saúde ocular da criança devem começar ainda no pré-natal, quando é possível detectar e controlar doenças nas gestantes, como toxoplasmose, sífilis e herpes, que colocam em risco a visão do feto. Já no pós-parto, de acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP), os recém-nascidos precisam passar pelo teste do olhinho (teste do reflexo vermelho) com até 72 horas de vida. Esse exame é essencial para investigar alterações que exigem intervenção médica urgente, como catarata congênita e glaucoma congênito, além do retinoblastoma.

 

Até completarem 2 anos de vida, os bebês, com sintoma ou não de problemas de vista, devem ser levados a esse profissional, idealmente a cada seis meses. Após essa idade, se estiver tudo bem, a criança deverá ser examinada anualmente até os 10 anos. Isso porque é na fase pré-escolar (dos 4 aos 6 anos) e na segunda infância (dos 6 anos até a puberdade) que costumam aparecer os erros de refração — miopia, astigmatismo e hipermetropia. E também o estrabismo, o desalinhamento dos olhos, distorção que atinge cerca de 5% da população infantil e tem diferentes formas.

 

Outra preocupação dos pais quando chegam ao consultório é a diferença na cor dos olhos do bebê. Ela é determinada pela íris. E os tons variam conforme a luminosidade, dando a impressão de que o olho muda de cor. Ao nascer, a tonalidade não está bem definida, podendo se modificar dos quatro até os seis meses de vida. Após essa fase, fica praticamente inalterada. Mas qualquer transformação significativa da coloração ocular, após o primeiro ano do bebê, deve ser motivo de consulta.

 

 

Prevenção às doenças oftalmológicas

 

Além da visita de rotina ao oftalmopediatra, os pais, responsáveis ou professores devem observar se a criança demonstra baixo rendimento ou desinteresse na escola, falta de concentração, lacrimejamento, irritação e vermelhidão dos olhos ao assistir TV e usar o computador ou mesmo queixa de baixa visão em um ou em ambos os olhos, acompanhados ou não de dor de cabeça. Essa atenção deve ser redobrada para as crianças e os adolescentes que passam mais tempo utilizando computadores, tablets e celulares. O equilíbrio no tempo de tela reduz o risco de miopia e fadiga ocular digital.

 

Outro alerta sobre o cuidado com os olhos das crianças é a prevenção de acidentes domésticos, como ferimentos com objetos cortantes e pontiagudos, contato dos olhos com produtos de limpeza e álcool em gel. Também as atividades escolares e de lazer, envolvendo cola, tinta, tesoura e outros materiais que possam trazer risco, devem ser feitas sob a supervisão de um adulto, até pelo menos a idade de 5 anos.

 

Mantenha as crianças afastadas de produtos de limpeza. As crianças pequenas são mais propensas do que os adultos em idade ativa a sofrer danos oculares por queimaduras químicas. Essas queimaduras são particularmente perigosas porque podem causar danos permanentes às estruturas oculares externas e internas. Se uma criança receber produtos químicos nos olhos, lave-os abundantemente com água e vá para o serviço de emergência mais próximo.

 

 

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9 sinais de que a criança pode ter algum problema de visão:

 

1. Ter dor de cabeça frequente ou até náuseas, pela sensibilidade à luz.

 

2. Focalizar objetos com dificuldade. Ficar sempre muito próximo dos desenhos ou telas pode sinalizar problemas de refração, como miopia, hipermetropia e astigmatismo.

 

3. Apertar ou esfregar os olhos com frequência, o que faz com que eles fiquem avermelhados, irritados ou lacrimejando.

 

4. Franzir a testa para enxergar à distância ou piscar além do normal.

 

5. Evitar fazer atividades esportivas ou que exijam mais habilidades.

 

6. Esbarrar e tropeçar com facilidade.

 

7. Falta de estímulo para fazer atividades que normalmente outras crianças gostam pode ser um sinal de insegurança devido à dificuldade para enxergar.

 

8. Ter reflexo branco nos olhos, semelhante ao olho do gato, sempre que um feixe de luz artificial ou de flash fotográfico incide sobre eles pode sinalizar catarata, glaucoma ou retinoblastoma. Olhos saudáveis têm reflexos vermelhos.

 

9. Apresentar assimetrias ou alterações nos olhos ou pálpebras.

 

 

 

* Com informações da Revista Crescer

 

 

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Esse conteúdo exclusivo foi produzido a partir de parceria do blog Primeiros Passos com o Espichei, rede materna paterna criada em Brasília e que reúne milhares de famílias em prol de uma maternidade mais consciente, colaborativa e sustentável. Acompanhe esta iniciativa conjunta também nas redes sociais pela hashtag #espicheiprimeirospassos

 

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