Depressão pós-parto × baby blues: entenda a diferença
Entenda a diferença entre as duas condições e a importância do apoio profissional para superar tais condições.
Dar à luz gera milhares de emoções e os mais diversos sentimentos na vida de uma mulher. Esse momento único, sublime e especial é também desconhecido e desafiador, afinal, tudo mudou e vai continuar mudando, tanto internamente quanto externamente. Além da nova vida que foi gerada, o dia a dia também é novo, bem como as preocupações, as prioridades e o próprio corpo da mulher.
Estima-se que a depressão pós-parto atinja uma em cada quatro mães brasileiras. Pesquisas indicam que a maioria dessas mulheres não pede ajuda profissional porque não sabem identificar os sinais da doença ou por sentirem vergonha de serem julgadas.
Segundo a ginecologista e obstetra da Maternidade Brasília, Nívia Ximenes, as pacientes que desenvolvem essa complicação durante a gestação ou no pós-parto geralmente têm antecedentes de alguma doença psiquiátrica. “Essa doença costuma ser desencadeada pelas mudanças hormonais após o parto, pela falta de apoio emocional nesse período e/ou durante a gestação e pelas inúmeras mudanças de rotina. Conflitos interpessoais e instabilidade profissional, familiar ou econômica também são agravantes para a ocorrência desse transtorno”, afirma.
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Segundo ela, após o nascimento do bebê, quando a placenta sai (parto normal) ou é retirada (cesariana), “a quantidade de hormônios que está circulando no corpo da mulher desde a concepção cai abruptamente. Por conta disso, a paciente pode desenvolver diversos sintomas relacionados com a depressão pós-parto e com o blues puerperal”, explica.
Outro fator que ajuda a desencadear esse quadro é o não planejamento da gestação, isto é, quando a gravidez ocorre de forma inesperada. De acordo com Nívia, em geral, no caso de uma gravidez não planejada, a paciente tem maior probabilidade de desenvolver sintomas depressivos ou labilidade emocional – mudanças abruptas no humor ou no estado emocional.
Blues puerperal não é o mesmo que depressão pós-parto
É importante saber diferenciar os estados de depressão pós-parto e o blues puerperal. Esse segundo, também conhecido como baby blues, atinge 60% das mães e pode durar cerca de 15 dias após o parto. Geralmente envolve vontade de chorar sem motivo aparente, sentimento de tristeza e preocupação excessiva e não conseguir dormir ou comer como antes da gestação.
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Nívia Ximenes pontua: “Na presença desses sintomas, é fundamental se consultar com um obstetra, para pedir auxílio e definir o diagnóstico de forma apropriada.” Nesse momento, o auxílio de uma rede de apoio é fundamental, para dividir os cuidados com o novo bebê e com a mãe. Assim, a mulher vai, aos poucos, reequilibrando o seu emocional e se sentindo melhor em relação à maternidade.
Já na depressão pós-parto, os sintomas são mais graves, entre eles há sentimento de incompetência, baixa autoestima e isolamento social. Segundo a obstetra da Maternidade Brasília, nesse quadro, a paciente acaba tendo um comprometimento importante de suas atividades diárias – não só as relacionadas com os cuidados com o bebê, mas, inclusive, com o que diz respeito aos cuidados consigo mesma. A duração também é diferente, já que essa condição pode se estender por até um ano após o nascimento do pequeno. Assim, o tratamento adequado não depende apenas do apoio de terceiros, envolve também a necessidade de buscar ajuda com um psicoterapeuta ou psiquiatra.
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