É normal sentir cólicas e dores no estômago durante a gestação?

Tempo estimado de leitura: 5 minutos e 30 segundos.

Assuntos abordados:

– As causas das dores estomacais durante a gestação.

– Intoxicação alimentar na gravidez.

– Gastrite na gravidez.

– Cólicas gestacionais e contrações de Braxton Hicks.

Quando se espera um bebê, uma revolução acontece não apenas na vida da mulher, mas também no seu corpo. As alterações hormonais, anatômicas e psicológicas desencadeiam alguns desconfortos, entre eles, as dores de estômago e cólicas.

A ginecologista e obstetra da Maternidade Brasília, Nívia Ximenes, explica: “O estômago passa a produzir mais ácido e enzimas digestivas. Outra questão é o aumento do útero, que empurra o órgão digestivo para cima e causa dor, refluxo e queimação”.

Portanto, esse incômodo estomacal é normal durante a gravidez. A fim de evitar essa sensação desagradável, é possível adotar algumas medidas em relação aos hábitos alimentares: “É interessante diminuir as porções dos alimentos e comer mais vezes. Ou seja, faça refeições menores e mais frequentes ao longo do dia”, aconselha Ximenes.

Outra dica é fugir de alimentos gordurosos. Além de fazerem mal à saúde, eles tornam a digestão mais lenta. “Não ingerir líquidos durante a refeição também é uma forma de evitar os sintomas, pois o estômago dilata com essa associação entre comida e líquido”, ressalta a obstetra.

O estresse, o uso de medicamentos e o jejum prolongado também costumam desencadear o mal-estar. Por isso, é sempre bom consultar o médico que faz o acompanhamento da gestante para identificar a causa e iniciar o tratamento adequado.

Mas atenção! A dor no estômago é normal apenas até certo ponto. É preciso ficar atenta a certos sintomas manifestados durante o desconforto. Algumas vezes, eles são indícios de doenças que demandam observação especializada e prescrição de medicamentos. São elas:

Intoxicação alimentar

Se a dor no estômago vier acompanhada de diarreia, é provável que seja um sintoma de intoxicação alimentar, infecção estomacal ou intestinal. Nesses casos, a recomendação é manter uma boa hidratação para repor os líquidos que estão sendo perdidos, evitar alimentos gordurosos e apimentados, e entrar em contato com o profissional que a acompanha.

No entanto, frisa a obstetra da Maternidade Brasília, “caso haja sangue nas fezes, vômitos e/ ou febre, a recomendação é procurar um serviço de emergência para a avaliação do quadro”.

Gastrite

Sabe aquela sensação de queimação na boca do estômago? Se ela vier acompanhada de náusea, dor constante, perda de apetite e até vômitos, isso pode ser sinal de gastrite. A dor geralmente melhora quando a pessoa come e piora com o estresse.

A doença é uma inflamação generalizada na parede do estômago que, ocasionalmente, provoca edemas e feridas superficiais. “Uma das principais causas da gastrite é o aumento da produção de ácido gástrico, o que acentua a acidez do trato digestivo alto. Em grande quantidade, ele se torna um inimigo da mucosa que reveste a parede interna do estômago, porque causa uma reação inflamatória”, relata Ximenes.

Mas outra vilã causadora da gastrite é a Helicobacter pylori, uma bactéria comum e que afeta cerca de 50% da população. A H. pylori também tem a capacidade de aumentar a acidez do suco gástrico, gerando um processo inflamatório da mucosa do estômago.

E a cólica? Também é comum?

Sim, as cólicas são costumeiras e, às vezes, podem aparecer no primeiro mês ou apenas no fim da gestação.

“Cólicas moderadas podem surgir duas semanas após a concepção, em média, e até vir acompanhadas de um sangramento leve após a nidação do embrião na parede do útero, chamado sangramento de nidação”, conta a obstetra.

Essa cólica moderada é caracterizada por uma dor aguda ou algo parecido com um espasmo muscular na pélvis devido ao estiramento dos ligamentos ao redor do útero.

Já no fim do segundo trimestre e no início do terceiro, as cólicas voltam a acometer algumas grávidas. Nesse caso, são contrações de treinamento, conhecidas como contrações de Braxton Hicks, que frequentemente se acentuam conforme a gravidez se aproxima do fim.

“Caminhar ou descansar ameniza, muitas vezes, as cólicas provocadas pelas contrações”, aconselha a obstetra da Maternidade Brasília. Contudo, ela alerta sobre a proximidade e a intensidade das dores: “As contrações de Braxton Hicks são perfeitamente normais. É como se o seu corpo estivesse treinando para o grande dia. No entanto, se elas ficarem cada vez mais próximas e mais fortes, fique atenta a outros sinais de parto. Se estiver com dúvida se a hora chegou, consultar o médico é sempre a melhor decisão”.

A gravidez também é um excelente momento para pensar no futuro da sua filha ou do seu filho. Por menos de quatro reais por dia, você pode contratar um plano de previdência destinado aos pequenos e garantir o futuro que sonhou à sua família. Acesse https://bbsegurosprimeirospassos.com.br/nossas-solucoes/previdencia e conheça o Plano de Previdência Brasilprev Júnior.

Gosta desse tipo de conteúdo? Então assine a newsletter e não perca nenhum texto!