O que vai ficar na fotografia
Texto autoral de uma mãe da rede Espichei
Tempo estimado de leitura: aproximadamente 4 minutos
Assuntos abordados:
– Memórias
– O que esquecemos
– Registro em fotografias
– Viver o momento
Eu estou sempre com o celular na mão. Sou zuada pela minha família sobre isso, que diz que sou viciada no aparelho e nas redes – bom, pode ser que eu seja. O que talvez eles não percebam é que eu tenho o benefício de registrar cada passo da minha filha, o tempo todo, para ter certeza de que não me esqueça de nenhuma das nuances da minha garotinha.
Quando me diziam que nós esquecemos dos dias que passaram, eu tinha certeza de que não aconteceria comigo. Tive um puerpério muito difícil, árduo, e podia jurar que lembraria de cada detalhe daqueles tempos. Mas os dias realmente ficam para trás. O rol de novidades é sem fim e cada período é recheado de coisas inéditas ou até mesmo que se repetem, mas que vão virando lembrança conforme eles vão crescendo.
Outro dia, vi minha sobrinha de três meses fazer algo com as mãos que me transportou diretamente para um pretérito de quatro anos atrás. Lembrei-me das madrugadas, enquanto trocava a fralda da minha bebezinha, e ela fazia exatamente aquele gesto com suas minúsculas mãozinhas. Quando foi que essa memória se perdeu dentro da minha biblioteca mental? Imediatamente, forcei-me a tentar lembrar de mais detalhes que partiram do espaço físico.
Já que meu HD interno não está sendo capaz de processar tanta informação, recorro ao dispositivo móvel para fotografar e gravar o máximo de coisas possível. Hoje, já preciso pedir para a minha filha para tirar uma foto ou fazer um vídeo – esses pequenos estão cada dia mais mandões, você não acha? Brincadeiras à parte, peço licença para registrar e digo que quero lembrar daquele momento no futuro. Apelo ao emocional e digo que ela está crescendo e que eu vou ficar velhinha e não lembrarei de nada. As fotos vão ajudar.
Tem uma música do cantor Leoni que diz que “o que vai ficar na fotografia são os laços invisíveis que havia”. Na hora que o gesto acontece, o sorriso aparece, acho que não temos a real noção do quanto vamos querer, no futuro, lembrar de como era. É tudo tão comum, ordinário, que a gente não chega a pensar que vai querer revisitar quando se tornar passado. Mas se você ainda está no estágio inicial da vida da sua cria, eu digo com toda a certeza que habita em mim: registre tudo.
Amiga mãe e amigo pai, sob hipótese nenhuma estou te recomendando trocar os momentos reais pela tela do celular. Deixar de viver aquilo, ali naquela hora, para estar o tempo todo atrás do dispositivo não é o que sugiro que você faça. É sobre escolher a hora certa, apertar o clique e deixar o resto acontecer.
“Quando o dia não passar de um retrato, colorindo de saudade o meu quarto, só aí vou ter certeza de fato: eu fui feliz.” Leoni continua cantando esses versos na mesma canção que mencionei ali em cima e eu só posso concordar: quando tudo virar memória e eu cavar os registros fotográficos, terei a certeza de que vivemos aqueles dias plenamente.
Os sorrisos estarão perfeitos nas memórias fotográficas
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Esse conteúdo exclusivo foi produzido a partir de parceria do blog Primeiros Passos com o Espichei, rede materna paterna criada em Brasília e que reúne milhares de famílias em prol de uma maternidade mais consciente, colaborativa e sustentável. Acompanhe esta iniciativa conjunta também nas redes sociais pela hashtag #espicheiprimeirospassos
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