Por que as estrias aparecem e como tratar?

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Assuntos abordados:

• Estrias
• Tratamentos
• Dicas de cuidado e hidratação
• Fatores comportamentais

Gestar transforma o corpo da mulher, desde a alteração hormonal, o alto nível de progesterona, a produção de leite, manchas na pele, o aumento de apetite, a maior oxigenação do sangue, desconforto na coluna, e, claro, o crescimento do bebê na barriga.  Neste período é comum o aparecimento das indesejadas estrias em cerca de 50 a 90% das futuras mamães. Os locais de maior incidência são nas mamas, região abdominal, coxas e culotes. Isso acontece não só pelo inchaço e rápido ganho de peso nos últimos três meses, mas também pela genética da paciente.

“Sendo assim é algo que não podemos mudar, mas nos preparar”, diz a dermatologista Fernanda Duran. “Se na família da gestante há muitos casos de estrias, ela deve procurar a hidratação da pele com antecedência,  tentar controlar o ganho de peso entre 9 a 12 kg, evitar o inchaço exagerado, praticar exercícios físicos e manter uma alimentação saudável”, completa.

A especialista aponta ainda que as estrias são mais frequentes em gestantes mais jovens porque elas têm a pele mais firme e, portanto, quando ganham peso, a pele estica com muita força.  A melhor ação é a prevenção, pois, durante a gestação não é recomendado o uso de tratamentos mais invasivos, como laser ou microagulhamento.

Confira, a seguir, a íntegra de entrevista e anote as dicas para o tratamento da pele:

O que fazer quando aparece estria na gravidez?
FD: Procure um dermatologista ou obstetra para rever a receita, aumentar a hidratação e o controle de peso. Outra opção é fazer drenagem linfática, caminhadas ou atividades físicas supervisionadas. Elas ajudam na redução do edema e na melhora do retorno venoso para diminuir o acúmulo de linfa no corpo,  responsável também por aumentar a pressão e o risco de formação das estrias.

Qual é a diferença entre as estrias brancas e avermelhadas?

FD: As brancas são as mais antigas, é quando o processo de cicatrização já está instalado. Algumas gestantes abrem o quadro com as estrias brancas desde o início, quando o processo de estiramento foi muito intenso e agressivo, portanto a resposta ao tratamento é menor. Já as estrias avermelhadas são aquelas que, geralmente, surgem no início do processo inflamatório de estiramento. É o melhor momento para se tratar porque respondem melhor aos tratamentos de laser, microagulhamento e alguns tipos de peeling – mas não são indicados às gestantes, pois podem ser prejudiciais ao bebê.

Óleos ou hidratantes?
FD: Gosto de reforçar que os óleos apenas evitam a perda de água. A melhor opção é o hidratante que penetra e hidrata as células da nossa pele. Os mais indicados são aqueles com maior consistência, mais grossinhos, ricos em ceramidas, lanolina, glicerinas e vitamina. Sempre optar por aqueles sem corantes e sem fragrância. Evitar substâncias como ácido salicílico, uréia e retinol. Os hidratantes infantis também podem ser usados, pois apresentam menor risco de alergia. Na dúvida, consulte um dermato ou obstetra.

Qual é a rotina de tratamento?

FD: Os óleos podem ser usados no banho e, em seguida, o hidratante. A frequência de hidratação deve ser duas ou três vezes ao dia, sempre após o banho para a pele absorver melhor.

Estria tem cura? Quais outros tratamentos clínicos são indicados? Eles podem ser feitos, a partir de qual momento pós parto?

FD: Por ser uma cicatriz, as estrias dificilmente têm cura, mas pode sim melhorar, e muito, para chegar à etapa de desaparecimento. O momento ideal para dar início aos tratamentos é após os 42 dias a partir do nascimento do bebê. Por ser o período em que o nível de progesterona já está bem reduzido, o risco da pele manchar em decorrência de um tratamento, como laser ou microagulhamento, é muito menor. Ressalto que é muito importante que a gestante seja orientada por uma dermatologista para preparar a pele antes de qualquer tratamento.

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