Reconstrução da mama: 5 mitos e verdades
Procedimento é parte do tratamento do câncer de mama, o segundo tipo que mais acomete mulheres no Brasil
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Assuntos abordados:
- Câncer de mama
- Outubro Rosa
- Tratamento do câncer
- Reconstrução da mama
- Mitos e verdades
Damos as boas vindas a Outubro, mês em que se comemora o Dia das Crianças, o Dia dos Professores e também uma data para a conscientização do câncer de mama – o segundo tipo que mais acomete as mulheres, normalmente acima dos 40 anos, no Brasil. Somente em 2020, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer, foram 66.280 novos diagnósticos.
Entre os procedimentos que fazem parte do tratamento está a reconstrução mamária, que ocorre, geralmente, após a mastectomia – cirurgia para remoção total ou parcial da mama. Costuma ser indicado à maioria das pacientes.
Você sabia que a plástica é extremamente importante nessa etapa? Quem explica é o cirurgião plástico João Darques: “A reconstrução da mama não é um luxo. É também um processo de salvar vidas. Auxilia na mente e no processo de cura. É uma forma de se reconhecer como mulher, saudável e curada”.
Confira os esclarecimentos sobre mitos e verdades a respeito da reconstrução da mama:
É um procedimento apenas estético
Mito – Muito pelo contrário, faz parte do processo saúde-doença. Falar em cura do câncer é uma maneira de devolver o paciente à sociedade, sobretudo pode se tratar de uma doença mutilante que retira a mama do corpo da mulher. Para conseguir esse novo reconhecimento do corpo e restabelecer as funções e o papel dela social e funcional, a reconstrução entra no enredo do tratamento do câncer. É também uma sugestão para ter melhores resultados após o tratamento, mas a escolha da paciente é respeitada.
A reconstrução da mama interfere no tratamento do câncer de mama
Verdade – Estudos apontam que a reconstrução precoce da mama pode afetar diretamente os pacientes no pós-operatório imediato e na sobrevida em até cinco anos. Ou seja, mulheres que se submetem ao procedimento têm chances de mortalidade menores do que a paciente que não reconstrói. Além disso, o procedimento assegura o retorno às atividades funcionais.
O procedimento não pode ser realizado em todos os casos de câncer de mama
Mito – Pode ser realizado, sim. O que acontece é que dependendo do quadro da paciente, o médico escolhe a técnica específica de forma segura. Desde mobilização de músculo ou enxerto de gordura.
É indicada apenas para pacientes jovens
Mito – Indicada para todas as idades, incluindo os idosos. Para esse grupo, o médico atenta para a realização de procedimentos menos invasivos, com menor risco cirúrgico. Deve ser incentivado para todas as mulheres para não abandonar a feminilidade e acarretar doenças mentais, como depressão e doenças associadas.
Pode gerar um aspecto feio e enche o corpo de cicatrizes
Mito – Com o avanço da medicina, as técnicas permitem minimizar as cicatrizes do câncer de acordo com o organismo da paciente. É possível inclusive alcançar mamas bonitas, com colos mais altos do que antes do câncer, por meio da simetrização.
A reconstrução de aréola, só pode ser feita de forma cirúrgica
Mito – A reconstrução da aréola é parte do processo de reconstrução da mama. Além de ser um processo simples – podendo ser realizado com uma cirurgia com anestesia local utilizando o enxerto de pele da virilha, retalho da própria pele da mama, ou até mesmo optando apenas pela tatuagem – complementa o reconhecimento da mulher no espelho enquanto totalmente liberta do processo do câncer. Nos últimos cinco anos, a medicina plástica, associada a outros profissionais, avançou e trouxe métodos mais simples, desde a própria tatuagem 3D.
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