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Toda mulher precisa conhecer a Uroginecologia. Entenda!

Questões relacionadas ao assoalho pélvico feminino podem interromper sua rotina diária, causando desconforto e constrangimento. Saiba quando procurar um especialista.

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BB Seguros

segunda-feira março 22, 2021

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O corpo humano tem detalhes curiosos, com inúmeras particularidades e merece atenção especializada. As mulheres, por exemplo, possuem um aparelho urogenital que demanda maior cuidado clínico, principalmente no que diz respeito ao assoalho pélvico. Pensando nisso, a Maternidade Brasília crio o Núcleo de Cuidado Integral à Saúde da Mulher (NCISM), que oferece atendimento multidisciplinar, incluindo a Uroginecologia.

 

O médico Marcus Vinícius Barbosa de Paula, uroginecologista da Maternidade Brasília e coordenador do NCISM, ressalta que o corpo da mulher possui determinados locais que apresentam fragilidade de fáscia pélvica – como a vagina, por exemplo – o que favorece o aparecimento de doenças uroginecológicas bastante delicadas. “O simples fato de as mulheres caminharem já favorece, por ação da gravidade, o aparecimento dos prolapsos”, explica.

 

O que você sabe sobre a Uroginecologia?

 

Essa é uma subespecialidade híbrida, dentro dos campos da urologia e da ginecologia, que se concentra nos distúrbios do assoalho pélvico feminino. São exemplos de condições tratadas por esse especialista: incontinência fecal; cistos vaginais; dor pélvica durante o contato íntimo; infecção urinária de repetição; flacidez da vagina, entre outras.

 

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No entanto, as duas principais patologias do ponto de vista da Uroginecologia são o prolapso genital e a incontinência urinária. O primeiro quadro ocorre quando os órgãos pélvicos – como o útero ou a bexiga – “caem” devido ao enfraquecimento dos músculos vaginais. Já o segundo, é o termo clínico para perda de urina, que acontece devido à incapacidade de controlar a micção. A eliminação da urina é controlada pelo sistema nervoso autônomo, mas pode ser comprometida por comorbidades como tosse crônica, obesidade, doenças que comprimem a bexiga ou que geram pressão abdominal etc.

 

O especialista Marcus Vinícius Barbosa de Paula pontua alguns dados: “O prolapso possui uma incidência alta na população, ocorrendo em torno de 30% das mulheres idosas, e está relacionado com a idade, partos e gestações. Já a incontinência urinária possui incidência em 5% das mulheres do mundo, atingindo em torno de 40% das mulheres idosas. Todos estes casos devem ser avaliados por especialistas, como os uroginecologistas e urologistas”, afirma.

 

Você já tinha ouvido falar desta área da Medicina?

 

Mesmo essas sendo questões relativamente comuns, o trabalho da Uroginecologia ainda não é de amplo conhecimento na sociedade. De acordo com o especialista, a grande dificuldade de difundir esse serviço está no fato de as pacientes que apresentam sintomas de prolapso pélvico e perda urinária terem vergonha ou receio de procurar atendimento médico, na maioria dos casos devido à dificuldade em discutir sobre a patologia, seja com o parceiro, seja com os médicos que procura. “Neste ponto, um exame ginecológico de rotina pode ajudar a fazer o diagnóstico e o ginecologista pode iniciar este rastreio das patologias”, complementa.

 

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Ou seja, embora raramente se fale dessas doenças, elas são extremamente comuns. Pesquisas indicam que até um terço de todas as mulheres se enquadram nesse grupo, sendo que metade de todas as mulheres com mais de 50 anos apresenta algum grau de distúrbio do assoalho pélvico. Procurar auxílio médico para restaurar a função pélvica e melhorar sua qualidade de vida é essencial!

 

Novidades da medicina

 

Hoje em dia, as maiores inovações do prolapso genital residem na discussão sobre o uso de telas sintéticas para a correção desse problema. “Os últimos guidelines sugerem tratamentos menos invasivos e o desaconselhamento do uso de telas. Os tratamentos cirúrgicos se tornaram minimamente invasivos por meio da endoscopia ginecológica”, comenta o médico. No que tange à incontinência urinária, podemos citar os slings de uretra média livre de tensão, que possibilitam altos índices de cura e são minimamente invasivos, e os medicamentos com menos efeitos colaterais, que possibilitam resultados de excelência no caso da incontinência urinária de urgência.

 

Fonte: Dr. Marcus Vinícius Barbosa de Paula, uroginecologista da Maternidade Brasília e coordenador do NCISM.

 

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