Torcicolo congênito: você sabe quais são os sinais?
Aprenda a identificar possíveis comportamentos. Quanto mais cedo diagnosticado, maior a chance de recuperação para evitar transtornos no desenvolvimento do bebê
Tempo estimado de leitura: aproximadamente 5 minutos
Assuntos abordados:
- Torcicolo congênito
- Recém-nascido
- Posição do bebê
- Sinais do torcicolo
- Tratamento
Desde os primeiros dias em casa, em seu pós parto, Maria Cecília Mattos, mãe do Antônio, percebeu que ele quando deitado tinha preferência em olhar para o lado esquerdo, independente de quem ou do que estivesse ali. “Não era sempre, mas depois que aprendeu a virar de bruços, reparei que ele fazia tudo pelo lado esquerdo e demorou a virar para a direita”, conta em depoimento em seu perfil pessoal @maternidadenodiva no Instagram.
Assim como ela, outras milhares de mães podem passar pela mesma situação sem notar a leve inclinação na cabeça ou os movimentos limitados. Essa postura “fora do normal” é chamada de torcicolo congênito. No caso do pequeno Antônio, o tratamento com um fisioterapeuta especialista começou assim que recebeu o diagnóstico, por volta dos cinco meses. “E não foi considerado tardio porque ele não estava com assimetria craniana, uma consequência que o torcicolo pode dar”, explica Maria Cecília.
É importante as mães prestarem atenção em qualquer sinal que acharem estranho, não necessariamente no pescoço. A mãe do Antônio admite que demorou para investigar porque muitas pessoas davam opiniões distintas e por isso aconselha fazer uma avaliação médica se os pais ou responsáveis repararem preferências no bebê. “Quanto antes diagnosticado, maiores são as chances de um prognóstico bem sucedido e sem sequelas. Nada substitui um profissional capacitado. Não espere, procure”, diz.
A condição pode se justificar, entre outros fatores, pela posição do bebê no útero, no processo do nascimento ou quando ficam por muito tempo na mesma posição, como em cadeirinhas, e ficam com os movimentos limitados para virar a cabeça para os dois lados. Para evitar o tratamento tardio, o perfil do Insta @fisioterapiabebe lista algumas sinas para pais ou responsáveis observarem no bebê, a seguir:
– Observar o bebê de costas e ver se as orelhas estão na mesma posição;
– Observar o número de dobras cutâneas, pois bebês com torcicolos tendem a ter mais dobrinhas do lado para o qual ele inclina;
– Observar se os ombros estão na mesma altura, ou se um está mais para frente do que outro. Os bebês tendem a elevar o ombro para o lado que o pescoço cai;
– Observar se a coluna tem um contorno com que dê a impressão de um C, ou seja, de um lado mais curvado que o outro;
– Se o bebe conseguir ficar sentado, observar a descarga de peso por trás e analisar se é apenas distribuída para o lado da inclinação da cervical;
– Notar se ainda utiliza as duas mãozinhas por igual. Os bebês são ainda simétricos, pois a lateralidade é desenvolvida por volta dos 2 anos de idade;
– Observar o bebê por cima para analisar o formato da cabecinha, de preferência quando o cabelo estiver molhado.
Caso haja alguma suspeita ou se o caso já tiver sido identificado, deve-se buscar a fisioterapia para evitar complicações no desenvolvimento motor, cognitivo, emocional e até escolar.
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